Região contemplada: Itapetininga, Campina do Monte Alegre e São Miguel Arcanjo.

Cercada por quilômetros de estradas cinematográficas que entrelaçam histórias e tradições, Itapetininga é a terceira maior cidade do estado em extensão territorial. Durante o ciclo do ouro, sua rota de passagem atraiu comerciantes e tropeiros que cruzavam o Rio Itapetininga pela Ponte dos Tropeiros, entre os séculos 16 e 17. Esses caminhos marcaram a fundação oficial do município em 1770, reforçando seu potencial como cenário autêntico para produções de época.

Nos arredores, as Ruínas do Casarão do Registro Velho revelam vestígios da mais antiga arquitetura colonial da região. Antigo ponto de apoio das tropas, o lugar é um marco expressivo do passado, que se funde às origens do município e inspira roteiros históricos. A fertilidade das terras de Itapetininga, responsável por atrair imigrantes ao longo do século 19, principalmente portugueses e italianos, também contribuiu para moldar sua identidade.

Entre os marcos arquitetônicos, está a Catedral Nossa Senhora dos Prazeres, de estilo romano, considerada uma maquete do Santuário Nacional de Aparecida. Idealizada por Benedito Calixto de Jesus Neto na década de 1940 e concluída nos anos 1960, o templo de 2,7 mil m² possui cúpula octogonal, três arcos centrais e iluminação amarelada, favorecendo composições visuais.

Com todo o seu potencial, Itapetininga é ainda um centro educacional, com mais de quarenta instituições. Entre elas, destaca-se a Etec Agrícola Professor Edson Galvão, que ocupa cerca de 968 hectares e combina traços arquitetônicos neocoloniais e rurais, evidenciados pela cor amarela característica e pelos azulejos portugueses. Como parte do cenário, alguns galpões se encontram em ruínas, tomados pela vegetação e pixações.

Na área urbana, a Escola Estadual Peixoto Gomide, projetada no fim do século 19 por Francisco de Paula Ramos de Azevedo, apresenta fachada simétrica, frontão triangular e uso expressivo de madeira em seu interior, com arcos que valorizam os corredores.

O patrimônio industrial e ferroviário também está presente em espaços como os Galpões da Antiga Oficina Fepasa, construções em alvenaria que, mesmo deterioradas pelo tempo, permanecem como registros do desenvolvimento econômico e social da região.

Através da estrada vicinal Maestro Benedito Pompeu, de onde se descortinam belas paisagens, chega-se a São Miguel Arcanjo. Fundada em 1889, a cidade se destaca no cultivo de uvas, com ênfase nos campos de Uvas Niagara Guzman, extensas áreas de videiras que reforçam a tradição vitivinícola local

O Parque Turístico EQUUS combina hipismo e arquitetura. A madeira predomina em estruturas como a capela triangular, o estábulo e a loja, enquanto a arena de equitação, cercada pela vegetação rural, é um dos pontos centrais.

Ainda nas proximidades, Campina do Monte Alegre surge como mais uma cidade-cenário. Emancipada em 1991, está situada entre os rios Itapetininga e Paranapanema, originada em antigas sesmarias. Seu patrimônio inclui a Casa de Cultura João Ventura, de estilo colonial, com fachada azul e branca, portas de madeira e acervo da Revolução de 1932. Na área natural, a Cachoeira do Salto e o Rio Paranapanema completam o cenário com paredões de pedra e quedas-d’água.

A 160 km da capital paulista, Itapetininga e seu entorno oferecem desde cenários históricos até espaços para produções contemporâneas ou publicitárias, com estrutura logística que favorece as gravações.