Região contemplada: Atibaia, Bom Jesus dos Perdões e Nazaré Paulista.

Entre montanhas, casarões históricos e influências multiculturais, Atibaia foi fundada em 1665. Com localização estratégica, que a tornou ponto de passagem dos bandeirantes, a cidade desenvolveu-se preservando marcos históricos, tradições culturais e paisagens naturais marcantes para a narrativa de filmes, séries e outros tipos de produções cinematográficas.

A religiosidade e a organização urbana do período colonial revelam-se em monumentos como a Igreja Matriz de São João Batista, construída no século 17, uma das mais antigas do estado, que conserva até hoje elementos barrocos e imagens sacras da época. O patrimônio histórico também se manifesta em construções como o Casarão Júlia Ferraz, símbolo da arquitetura eclética do século 19.

No fim do século 19 e início do século 20, Atibaia passou por transformações com a chegada de imigrantes, especialmente italianos e japoneses. Essa diversidade cultural redefiniu os modos de vida, as expressões artísticas, a culinária e a economia local, que passou a se destacar na agricultura, especialmente na produção de flores e morangos. Como reflexo dessa herança, nasceu a tradicional Festa de Flores e Morangos de Atibaia, celebrada anualmente com exposições e apresentações culturais.

Reconhecida como estância hidromineral, Atibaia combina infraestrutura urbana com natureza exuberante: vales, trilhas, cachoeiras, formações rochosas e matas preservadas compõem um leque de possibilidades cenográficas em um só território.

Entre os elementos geográficos que marcam a história da cidade, destaca-se a Pedra Grande, localizada na Serra do Itapetinga. Conhecida desde os tempos coloniais, essa formação rochosa se impõe na paisagem e está ligada à identidade da cidade.

O início do século 20 trouxe ainda o desenvolvimento das primeiras infraestruturas energéticas, como a Usina Hidrelétrica de Atibaia, construída em 1928. Embora desativada, suas ruínas às margens do rio permanecem como testemunho do processo de modernização vivido pela cidade no período.

Outros espaços públicos incorporaram traços dessa memória urbana e natural. É o caso do Parque Edmundo Zanoni, inaugurado em 1970, que mescla áreas verdes, elementos arquitetônicos históricos e espaços de convivência, reafirmando o papel da cidade como lugar de encontro entre passado e presente.

Nos arredores de Atibaia, cidades vizinhas complementam a diversidade paisagística e cultural da região. A 24 km, Nazaré Paulista abriga áreas de Mata Atlântica preservada, trilhas, rios e trechos da Serra da Mantiqueira, além de tradições populares como a centenária Festa do Divino Espírito Santo.

O Sítio Caeté chama atenção por sua integração com a natureza: uma araucária cresce no centro da sala principal da casa, cercada por floresta nativa. A propriedade é reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural, unindo conservação ambiental e arquitetura rústica.

Em Bom Jesus dos Perdões, destacam-se paisagens de serra, áreas rurais e manifestações religiosas que expressam o modo de vida tradicional da comunidade, como a Festa do Padroeiro. Já a Villa Verde Pousada e Gastronomia oferece uma atmosfera singular: sua piscina de borda infinita abre-se para as montanhas e abriga, em meio ao cenário, uma escultura de Buda que imprime uma presença simbólica e contemplativa ao ambiente.

Atibaia e região se destacam como alternativa acessível, rica em história e natureza, onde diversidade e funcionalidade se unem para oferecer um território único no estado de São Paulo.